NOSSO ENCONTRO DE 08 DE ABRIL


ABRIL – NOSSAS ARMAS INFALÍVEIS!

A nossa segunda Roda do ano tem um encontro marcado com as nossos livros prediletos – as nossas  super histórias!  Aquelas que mais gostamos de contar, e recontar e recontar …. Aquelas que não podem faltar na nossa bagagem de contador....

Enfim, nossas armas infalíveis para conquistar crianças, pais, avós, médicos, enfermeiros etc.

Sabemos que todo contador traz consigo uma (ou mais) cartas na manga, trunfos que ele sabe (porque ele gosta) que vão agradar! Jóias preciosas para um primeiro contato, para a criança que está chorando, emburrada, triste, com medo …. para o adolescente resistente que acha que história é coisa de criança … para aqueles que encontramos envolvidos com a  
televisão, video-game, computador ...
Então queremos dividir essas maravilhas na nossa roda, partilhar o nosso segredinho especial! Assim, todos sairemos dessa Roda mais “equipados” com estas super armas de encantamento!

Venha e traga seu tesouro para enriquecer nossa Roda e nos encantar dia 8, segunda-feira, às 14:00 horas.


Histórias de quem conta histórias III – tecendo o fio da vida!


Queridos amigos, então começamos mais um ano do Roda Palavra e voltamos mais ávidos de muita literatura, conhecimento e partilha!

Sentimos muita alegria em rever e abraçar nossas companheiras de jornada e uma felicidade especial de ter de novo Zileide na Roda. E foi nesse clima de amizade e (re)união que demos a largada inicial em 2013.

TECENDO O FIO DA VIDA QUE UNE NOSSAS HISTÓRIAS
A palavra TEXTO vem do latim texere.
Seu significado mais antigo está conectado às palavras: entrelaçar, tecer, fazer tecido, entrançar.

Neste primeiro encontro vivenciamos um momento de reflexão sobre o nosso papel de contador: a nossa participação nesta rede tão intrincada de tantas histórias que se tocam, se cruzam, se enlaçam, que as vezes passam de raspão, algumas fazem vincos profundos, deixam marcas para sempre … Qual é a nossa responsabilidade neste ato de tecer, fiar e ao mesmo tempo sermos tecidos e construídos pelas histórias que contamos e ouvimos? O quanto nos modificamos, nos moldamos, somos tatuados por estas histórias? Afinal, somos tecido e tecelão, fio e tear, artesão e arte e receptores.





 Quanto mais lemos, mais costuramos nossos próprios caminhos.
(Ilan Brenman)

O quanto eu deixo de mim em alguém quando conto uma história? O quanto este ouvinte deixa dele em mim? O quanto somos contaminados e invadidos pelas histórias que compartilhamos juntos? No momento da contação de uma história, acontece uma história que é vivida de forma única naquele exato instante da narração!

O encontro definitivo com um livro, uma história, um filme traz revelações que vão surgindo paulatinamente ao longo de toda uma vida. A literatura trabalha com toda a experiência vital de um ser humano – e não só com o pedacinho que se pode medir.
(Yolanda Reyes)

Uma vez adultos, poderão recordar a essência dessas conversas de vida que se teciam entre as linhas de uma história. No fundo, os livros são isto: conversas sobre a vida. E é urgente, sobretudo, aprender a conversar.
(Yolanda Reyes)

Considero que esta afirmação de Yolanda Reyes sintetiza bem o que fazemos ao contar histórias e frequentar o RODA PALAVRA: dividimos belas conversas sobre a vida!

Histórias partilhadas:

- As três fiandeiras (Mitologia Grega – o destino)
- Aracne (Mitologia grega - a tecelã mortal que desafiou a deusa Atenas)
- Ananse (A aranha possuidora de todas as histórias nas narrativas africanas)
- O Minotauro (Mitologia Grega – o fio que guia)
- A moça tecelã (Marina Colasanti - “Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.”)
- Os sete novelos (Conto Africano sobre partilha).
- Os cisnes selvagens (Hans Christian Andersen - a tecitura que resgata)
- Ponto de tecer poesia (Sylvia Ortoff)
- Ponto a ponto (Ana Maria Machado)

E assim passamos nossa primeira tarde de 2013, tecendo, fiando, costurando, bordando, conversando sobre a vida …