Nosso encontro de outubro/2015 - Fanny Abramovich

"Lê-se para ser gente, para estar alimentado por histórias nutritivas e não “ensinantes”, histórias alegres ou tristes, risonhas ou amargas, falando de qualquer assunto, de bem-aventuranças ou de “sofrências”.

Para que o teu repertório seja amplo e para que encontres um caminho alegre nesse mundo de tristezura."


"Sempre adorei ouvir histórias...
Sempre adorei contar histórias...
É mágico, poético, abraçante,
musical, penumbrento ...
Tem sabor de voz da mãe ou da avó da gente, embalando prum sonho lindo."


"Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor e ser leitor é ter um caminho infinito de descoberta e de compreensão do mundo..."

Fanny Abramovich

"O trabalho de Fanny Abramovich é uma esperança para todos aqueles que sonham a educação
como um processo de alteração da realidade através do imaginário e da liberdade."

Bartholomeu Campos Queirós

Nosso encontro de Setembro/2015 - Ana Maria Machado

Com mais de 100 livros publicados, 17 milhões de exemplares vendidos, muitos títulos traduzidos em 18 países e muitos prêmios nacionais e internacionais importantes, Ana Maria Machado não poderia ficar fora de nossa Roda.

"Ou entendemos que não há educação sem leitura e nos alarmamos com a situação brasileira, ou estamos perdidos”.
Ana Maria Machado

Para ela, ler não é obrigação, é um direito que se conquista e que precisa de estímulo. '"primeiro incentivo para que uma criança leia é o exemplo. Que vem de casa e da escola, e abre, capítulo após capítulo, novas possibilidades de entender o mundo e viver melhor."

Ao expor suas ideias sobre escolas e literatura, Ana aponta a importância do exemplo: "a experiência mostra que professor que obriga a ler, escolhe livros chatos e depois faz perguntas em tom de cobrança só afasta a criança do livro. E, no Brasil, infelizmente, as duas profissões que mais lidam com a palavra escrita e que mais deveriam ler - os professores e os jornalistas - são os que menos leem literatura."

Em seu site oficial "www.anamariamachado,com", Ana Maria Machado faz algumas revelações para as crianças:
"Adoro o meu trabalho. Ainda bem, porque acho que não ia conseguir viver se não escrevesse. Já fui professora, já fui jornalista, já fiz programa de rádio, já tive uma livraria e nesse tempo todo nunca parei de escrever."


Em nossa Roda além da vida da biografia da autora, nos deleitamos com a leitura de várias de suas obras, a lista dos livros que rodaram na roda pode ser vista em: Livros de Ana Maria Machado.


Nosso encontro de Agosto/2015 - Monteiro Lobato

Polêmico, contraditório, rebelde, inovador, encantador, visionário, empreendedor, racista, educador, autor criativo.... muitos adjetivos poderiam qualificar este brasileiro, mas principalmente o de grande precursor da literatura infantil brasileira. 

Figura que até hoje arrebata profundas e leais simpatias, ao mesmo tempo que inspira fortes e graves rejeições!

E foram todos esses aspectos que nos levaram a escolher Monteiro Lobato como nosso tema de agosto. Nossa Roda aconteceu, então, como se estivéssemos à sombra de uma jabuticabeira, numa tarde de primavera, degustando e nos deliciando com suas histórias, sua vida e seus personagens. Buscamos um olhar tranquilo sobre as questões tão delicadas e controversas que envolvem principalmente as acusações de racismo em sua obra.


Criador do Sítio do Pica-Pau Amarelo e de toda uma gama de personagens que atravessaram o tempo e continuam alegrando e encantando as nossas crianças, Monteiro Lobato é defendido por inúmeros escritores renomados que cresceram encantados com sua obra e que a tiveram como fonte inspiradora para suas próprias criações. Não se pode negar a importância da sua obra e como ela foi significativa como fonte de lazer e conhecimento para diversas gerações. Até hoje.

Por outro lado, não se pode ignorar, que a leitura de sua obra, hoje, requer um acompanhamento cuidadoso para esclarecer e atualizar certos conteúdos negativos no que tange ao racismo e desvalorização de parte da cultura popular brasileira.



Apesar de toda controvérsia, nos revelamos fãs da sua obra, que será eterna na literatura infantil brasileira!

Nosso encontro de Julho/2015 - Adélia Prado



Em julho viajamos na poesia, na feminilidade, no erotismo, na religiosidade e no paganismo de Adélia Padro. Uma mulher de Divinópolis que tem conexão direta com o divino, não de uma forma estreita, reducionista, mas na sua forma mais abrangente e lírica e livre. Uma mulher do interior que escreve sobre o feminino de uma maneira universal, que fala com Deus de uma forma íntima, direta como se falasse com seu homem, seu amante, seu amado.

"O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre."

Nossa roda viveu uma tarde de descobertas e admiração por uma poetisa que consegue ser ao mesmo tempo tão simples e tão profunda, ao mesmo tempo tão profana e render tanto respeito e amor ao sagrado.