RESENHA DE JULHO

Nosso encontro de julho foi sensacional! Nosso tema, Rubem Alves, uma personalidade de atividades múltiplas: escritor de textos adultos e infantis, filósofo, psicanalista, educador, teólogo, nos proporcionou uma verdadeira viagem na casa da alma. Percorremos quartos, sótãos, descobrimos arcas que guardam tesouros, visitamos porões que guardam grandes medos, cômodos muitas vezes incômodos, mas importantes e necessários.

A Morte é um tema recorrente na obra de Rubem Alves e recebe dele o tratamento especial de guardiã da vida, aquela que sinaliza que a vida deve ser vivida até o último instante, apreciada, degustada até a última gota.

Outro tema frequente é a educação, sua crítica ferrenha aos métodos que são oferecidos às nossas crianças, métodos e estratégias que aprisionam, empobrecem e desestimulam o aprendizado.

E as histórias infantis não poderiam faltar!

Como sempre, a Palavra Rodou, a roda girou e rolaram muitas histórias, livros e textos.  Fizemos uso de uma boa quantidade de obras de Rubem Alves, cuja relação segue abaixo:


  • A montanha encantada dos gansos selvagens
  • A princesinha que falava sapos
  • A história dos tres porquinhos
  • A menina e o pássaro encantado
  • Como nasceu a alegria
  • A porquinha de rabo esticadinho
  • A poesia do encontro (com Elisa Lucinda)
  • Variações sobre o prazer
  • Quer que eu lhe conte uma estória?
  • A chegada e a despedida
  • A complicada arte de viver (Folha de São Paulo, 2004)
  • Sobre a morte e morrer (Folha de São Paulo, 2003)
  • Morangos à beira do abismo
  • Urubus e sabiás (do livro: Estórias de quem gosta de ensinar - o fim dos vestibulares)


Para quem foi, recordar, e para quem não foi, sentir um gostinho, segue um pequeno excerto de um texto, extremamente poético, chamado "Morangos à beira do abismo":


“Um homem caminhava por uma floresta. Estava escuro porque a noite se aproximava. De repente ele ouviu um rugido terrível. Era um leão. Ele ficou com muito medo e começou a correr”.
Mas ele não viu o caminho por onde ia porque estava escuro e caiu num precipício. No desespero da queda ele se agarrou ao galho de uma árvore que se projetava sobre o abismo. Lá em cima, na beirada do abismo, o leão. Lá em baixo, no fundo do abismo, as pedras. E foi então que, olhando para a parede do abismo ele viu que ali crescia uma planta verde que tinha um fruto vermelho: era um morango. Ele então estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso."

No nosso próximo encontro iremos visitar o humor crítico e divertido de Sylvia Orthof. Será mais uma tarde prazerosa de trocas e de muito aprendizado.

Sylvia Orthof
Dia 14 de agosto - 14 horas
Leitor-guia: Valdice


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